sábado, 22 de dezembro de 2007

Fim de algo que não volta mais...

OBS: Queria pedir desculpa aos leitores, pois faz bastante tempo que não escrevo. A razão é que este final de ano tive que fazer algumas provas e não tive tempo de escrever.
O PLANETA ESTÁ EM FESTA!

Vim falar um pouco sobre esse ano que está acabando. Foi corrido para todos com toda certeza, mas agora está terminando. Os dias de festas estão chegando, um para celebrar o Natal e outro para celebrar o Ano Novo, e para mim ainda vai haver o meu aniversário que vai ser dia dois de janeiro, como podem ver vai ser muita festa a comemorar.

Deixei para relembrar agora, o quanto foi maravilhoso esse ano, estudar em uma nova escola, conhecer novos amigos, os momentos inesquecíveis que vão ficar para sempre guardados na mente, é como diz Renato Russo na música “Metal Contra as Nuvens”: “Não sou escravo de ninguém, ninguém senhor do meu domínio...”,e como não somos escravos podemos relembrar dos momentos bons em qualquer lugar e qualquer hora.

Não fico imaginando como vai ser o ano que vem, só quero viver o meu presente e relembrar somente do passado nunca do futuro. Pois como diz Oscar Niemayer: “A vida é um sopro...” e se todos concordam um sopro pode mudar de direção, então não adianta pensar qual vai ser seu caminho, basta olhar para a sua rota no exato momento, e com certeza Oscar Niemayer seguiu essa teoria, pois o sopro que é sua vida se esticou até cem anos.

Como todos que leram meus poemas viram que tive um amor não correspondido, porém agora isso mudou, pois não posso forçar uma pessoa a gostar de mim, porém essa desavença quero esquecer, porque foi a causadora da minha ilusão e da minha perda de tempo. A esperança de alegria cobre o meu ser insignificante, diante da imensidão do mundo.

Passei para deixar alguns pensamentos insólitos e lembrar que é o fim de algo que não volta mais, o ano de 2007.

Bom caros leitores não poderia esquecer de desejar um feliz Natal e ótimo Ano Novo a todos.


E deixo aqui alguns poemas relacionados as data comemorativas do fim de ano, são de dois grandes escritores:


Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

...Vinícius de Moraes...


Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

...Carlos Drummond de Andrade...